Quando criança gostava de brincar que era um agente secreto invisível. Andava pela rua, escondendo me atrás das árvores e passando furtivamente pelos obstáculos do caminho. Acreditando que era realmente invisível. Hoje acho graça dessas coisas...
Mas quem nunca sonhou com a invisibilidade? Em um mundo globalizado, onde todos querem ver e serem vistos, eu duvido que você nunca desejou ser invisível. Imagine as vantagens.
Naquele momento de gafe, quando só o som das gargalhadas apontam para você e seu rosto queima de vergonha. Você some e reaparece quando o assunto mudou. O foco da conversa é outro e já esqueceram do fora que foi dado. Também isso pode ser usado quando se chega em um lugar com a roupa inadequada. Ou ainda quando por acidente, em um local público, derrubou algo na roupa. A pessoa desaparece e só reaparece linda novamente. É claro que esse recurso funcionaria muito bem com utilizado junto ao teletransporte, é claro! Isso é ótimo para os dias que você quer sumir da frente do chefe ou se deseja trabalhar em paz sem ser incomodado.
As saídas à francesa utilizam sempre esse recurso para serem estratégicas. Algumas vezes elas falham e a pessoa se torna sutil feito um hipopótamo de rosa. Já aconteceu comigo, são falhas no sistema da invisibilidade. Contarei em outra oportunidade.
Há pessoas que usam esse recurso, vivem suas vidas como se fossem invisíveis e ignoram as outras pessoas. Não importando se suas presenças estão ou não produzindo ecos. Na verdade, ninguém passa pela vida invisível. Nós produzimos modificações no mundo e nas outras pessoas (nosso microcosmos), seja pelo nosso comportamento, pelas nossas palavras ou até pelos pensamentos. A simples presença, por mais sublime que ela seja, produz ECOS.
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