sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Quer se surpreender?


Você quer se surpreender? Desencrave um pelo. Depois aperte bem...Você nem imagina o tamanho do pelo que estava lá dentro e nem o que sairá!!!


Você quer se surpreender? Termine um relacionamento. Quanto mais anos juntos, maior será sua surpresa.

Você quer se surpreender? Ande por aí, sem máscaras e para aumentar sua surpresa, comece a dizer só a verdade dos seus pensamento.

Agora, se você quer mesmo se surpreender, experimente morrer.


sexta-feira, 14 de março de 2014

Balanço geral

Outro dia me mandaram um desses ppt com mensagens. Um dos slides tinha a seguinte frase: "Depressão é excesso de passado em nossas mentes".
Fiquei pensando sobre isso e achei um tanto perigosa essa afirmação.
A depressão é um distúrbio de humor que varia desde uma tristeza profunda que acaba até um problema mais grave. Agora, não sei se "excesso de passado" é a melhor definição para depressão.
Algumas vezes penso (sem nenhuma modéstia), ao recordar o meu passado, que a narração de alguns episódios de minha vida daria um grande filme ou um livro muito interessante. Tenho vivido intensamente minha vida e a vida tem me presenteado com situações inusitadas. Algumas divertidas outras nem tanto. Mas no final delas todas, bem no final, quando eu já consegui virar a página, a vida fica divertida novamente.
Nesses últimos anos, a vida tem me apresentado muitas surpresas. Infelizmente não tenho me divertido muito com essas surpresas. Ainda dói muito as pessoas queridas que a morte levou de surpresa. Essa é a especialidade da morte!!! De surpresa aparece, tira uma vida e deixa o vazio. 
A vida não, essa é maravilhosa. A vida sempre nos reserva uma surpresa incrível em cada segundinho dela. Há momentos em que a nossa caminhada está difícil e a estrada da vida está esburacada,empoeirada e cheia de obstáculos. Acredite ou não, as surpresas maravilhosas da vida, estão acontecendo. É só mudar o jeito de olhar a vida. 
Está difícil? Não consegue? Tente de novo, agora de outro jeito.
Tem buraco? Desvie desse buraco e continue a caminhada ou mergulhe. Mergulhe até o fundo. Veja, conheça, sinta e depois volte a caminhar de novo. Agora de outra maneira. Tendo um novo olhar.
E as pedras? Eu adoro as pedras no caminho. Tanto as pedras quanto os buracos são oportunidades de rever o caminho. Alterar rotas, descobrindo novos pontos de visão e ganhando novas perspectivas. 
Mas apesar de tudo. Uma coisa é certa: eu tenho sobrevivido. Continuo, com a Graça de Deus, nessa caminhada. Apesar dos gaps, apesar de tudo, apesar de você...meu sistema foi desfragmentado com sucesso.






quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Comemoração do Halloween (Dia das Bruxas)

Era bem cedinho e enquanto tomava meu café, fui surpreendida com a campainha de casa. Era um grupo de moleques que gritavam “-Doces ou travessuras!!!”.Já fiquei irritada...Apesar de saber que a data é comemorada aqui no Brasil, não sabia que estava tão disseminada.
Essas pessoas que comemoram o Halloween possuem origem inglesa? Você, que curte o halloween, é americano? Esse não é um feriado brasileiro. Em agosto, no dia 22 foi comemorado o dia do folclore e não vi ninguém comemorando isso. Hoje é dia do Saci e não vi nenhum moleque negro ou pintado de preto pulando em uma perna só para comemorar o dia do Saci. Claro...tudo que é brasileiro não presta – senso comum. Idéia que já está impregnada nas nossas mente. Tudo que é importado tem qualidade, tudo que vem de fora é bonito. Falar inglês é chique ou “chic”, pois há um anglicismo reinante e inquestionável.
“Eu peço comida no Delivery enquanto escuto um hit e falo no meu phone” e assim por diante...Lanço um desafio: converse utilizando somente palavras em português.
Meus caros, isso é a dominação!!! Não somos mais escravos de Portugal, somos escravos intelectuais e culturais. Aceitamos passivamente tudo que nos é imposto e gostamos disso. Até pagamos em dólar, em euro e com imposto por isso tudo.
Nós ainda não acordamos, mas estamos sendo dominados pela China e similares. Os orientais estão invadindo nosso país com seus produtos e suas tecnologias. E amamos isso!!!
Não estou fazendo apologia a descriminação ao estrangeiro e nem sou xenofóbica. Estou dando um grito contra a dominação.
Enquanto estamos anestesiados com nossos fones no ouvido, nossos celulares e internet, a classe dominante nos conduz (para a escravidão) e nos depena.
Se para você o Brasil não tem mais jeito e não presta: VÁ EMBORA!!!
Se só o que é importado é bom: VÁ EMBORA!!!
Agora se ficar no nosso pais, fique consciente, tenha a mente aberta e questionadora. Seja livre para pensar e lute pelas injustiças e desigualdades. Faça algo de bom pelo coletivo, não pelo seu umbigo.
Não seja brasileiro com paixão só quando tem jogo de futebol ou quando estiver fora do Brasil.

SIM A MENTE LIVRE!!! ABAIXO AO DIA DAS BRUXAS!!!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Saudade de você

Tenho memórias gustativas que nunca me abandonam. Minha bisavó fazia uma sopa de letrinhas para mim quando criança e eu tenho uma clara lembrança do seu gosto. Era um caldinho de carne com macarrão de letrinhas. Simples assim, mas me confortava muito quando meus pais saiam e eu passava a noite na casa dela.  Já repeti a receita, mas nunca fiquei satisfeita com o resultado.
Quer ver outro exemplo: minha avó fazia macarronada aos domingos e eu ficava ajudando na cozinha. Depois de muitos anos após o falecimento da minha avó, eu queria muito aquele macarrão que ela fazia. Sentia até o cheiro, em minha memória. Fui a feira, comprei os tomates maduros e repeti todo o ritual que ela fazia durante o preparo do molho e da massa. Foi confessar sem falsa modéstia que ficou bom, mas não era igual ao da minha avó. Faltava a família grande ao redor da mesa, faltava o barulho da panelas e faltava a minha avó.
Com amores antigos é a mesma coisa. Depois que o romance acaba e desencontro é inevitável, fica guardado em algum cantinho da memória o gosto daquela paixão. O cheiro da pele, o sabor dos beijos, a textura da boca, a pele, o jeito... Cheirar o perfume que o amado usava ou ver alguém parecido nos remete a época feliz da paixão e faz até o coração pulsar descompassado. Mas provar novamente desses amores não tem o mesmo sabor e geralmente é só decepção. 
Agora tem uma coisa que nunca muda, o sabor de reencontrar amigos de longa data. Tem amigo que fez parte das nossas vidas. Amigo que é irmão companheiro mas pelas circunstancias, passa-se anos sem se encontrar. Mas a amizade permanece na memória. Cada história que viveu junto é contada inúmeras e sempre com gostinho bom.  Quando se tem oportunidade de rever esses amigos e compartilhar novamente a vida juntos, nem se for  por pouco tempo, esse tempo tem o mesmo sabor antigo. Rever amigos é reviver bons momentos. Amizade antiga tem sabor de saudade satisfeita. É máquina do tempo. É reviver.   

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Tecnologia


A gente só descobre o quanto precisa de certa tecnologia até conhece-la.
Vou citar um exemplo, eu vivia muito bem, até que durante uma viagem internacional, comecei a observar que todo mundo tinha um e-reader nas mãos. Até então nem sabia o que era. Conheci o aparelhinho na loja e me apaixonei, mas fiquei pensando que seria uma fria comprar. Fiquei entre a paixão e a razão. Mas meu cérebro me convenceu que no Brasil não tinha assistência técnica e fiquei em dúvida de onde baixar os livros. Após 4 meses o conceito de e-reader "pegou" no Brasil. Agora tem algumas livrarias e sites online onde é possível obter um monte de livros. Estou aqui repleta de revolta... Quero ler tuuudo! Deveria ter comprado... Porque fui dar razão a razão?
Outro exemplo, estou tendo um problema com minha faxineira. Esse profissional pode ser comparado com uma vassoura. Após algum tempo, as cerdas começam a ficarem moles, algumas quebram e não limpa mais direito. Minha sabia avó chama a dela de "vassoura velha". Isso me fez lembrar da empregada dos Jetsons e como um pensamento leva a outro, me lembrei de robot que vi alguns anos atrás no youtube. Era uma "coisa" de formato redondo e achatado, com rodinhas que aspirava o chão sozinho. Os videos são até engraçados, tem um gato que interage com o robot... Diversão! Mas meu desejo não era por um aspirador automático. Eu quero algo que faça a limpeza completa!!! Pesquisei até que encontrei o site. Meu sonho atual de consumo... A empresa tem robot que aspira o chão e até o fundo da piscina. Tem também alguns que expiram o líquido que for colocado, enxagua com água e depois seca. Paixão!!! Ainda não é a adorada e desejada empregada do Jetsons, mas estamos no caminho.
Podemos viver sem tecnologia, mas quando vão lançar a Rose1?
Nota: 1- empregada high tec da família Jetsons

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Tú és pó, e ao pó voltarás. (Gen. 3, 19)

Não tenho problema em lidar com material biológico. Algumas vezes tenho problemas com os odores biológicos, mas isso é para outra história. Ao longo da minha carreira científica, entrei em contato com diferentes materiais biológicos: tomei banho de conteúdo ruminal, tive fezes de suíno dentro da orelha, tive a experiência fascinante de escorregar e cair deitada em um pasto enlameado e repleto de estrume e por aí vai... Durante a graduação já dissequei vários animais, apesar disso nunca ter me agradado, mas eramos obrigados. Naquela época não havia essa consciência de não se sacrificar animais em aulas. E assim, com muita técnica, material cirúrgico e revolta "abri" anfioxo, intestino de barata, sapo, rato, pombo, coelho etc etc Também tive aulas teóricas e práticas de anatomia humana e as peças anatômicas sempre nos eram apresentadas em bandejas de inox. Dependendo do assunto da aula, nós recebíamos a bandeja contendo os órgãos correspondentes. A única coisa que me causava algum impacto naquelas aulas era o terrível cheiro de formol. Acredito que não sou uma pessoa muito vaidosa e nem faço culto ao corpo. Mas valorizo esse veículo, pois é o modo que eu existo nesse mundo. Nesse corpo, posso interagir com as outras pessoas e seguir meu caminho. Não esquecendo que o corpo é morada do Espírito Santo. Quando as pessoas nos olham, elas observam o nosso corpo. Eu fiquei pensando sobre o corpo quando fui buscar no crematório, as cinzas da minha mãe. Elas me foram entregues dentro de uma sacolinha de papel branca. As "cinzas" vieram dentro de um saquinho plástico transparente de mais ou menos 2kg juntamente com pedacinhos de ossos. Fiquei pensando como minha mãe era, como era seu corpo, como era sua personalidade e agora tudo isso é pó. Me responde uma dúvida: Pra que tudo isso? Pra que tanto orgulho? Pra que tanta arrogância? Pra que???

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dentro do olhar

Aquele olhar me chamou atenção. 
Parei por alguns instantes o turbilhão de pensamentos.
Coloquei foco naquele lindo par de olhos. 
A observação deveria ser um ato puro e segundo a metodologia científica, não deve estar submetida a ação do pensamento. No momento da analise observatória só deve estar envolvido o objeto analisado e o observador.
Logo pensei, dando uma conclusão: não tem vida nesse olhar. Está morto. Está concluído!
Mas de repente vi algo brilhar, mesmo que pequeno, ainda vi um brilho. Aquela lágrima foi a prova que precisava para alterar meu diagnóstico.
Como uma planta que teima em nascer no meio do concreto.  Talvez ainda haja alguma vida tentando vive.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Living well is the best revenge. George Herbert

A idéia é antiga, mas vou apresentar uma versão mais atualizada by R.E.M.

It's only
When your poison spins
Into the life
You'd hoped to live
That suddenly you wake up
In a shaking panic
Wow
You set me up
Like a lamb to slaughter
Garbo as a farmer's daughter
Unbelievable
The gospel according to who?
I lay right down

All your sad
And lost apostles
Hum my name
And flare their nostrils
Choking on the bones
You toss to them
Well I'm not one
To sit and spin
'Cause living well's
The best revenge
Baby
I am calling you on that

Don't turn
Your talking points on me
History will set me free
The future's ours
And you don't even read
The footnote now
So who's chasing you?
Where did you go?
You disappeared
Mid-sentence
In a judgement crisis
I see my anecdote for it
You weakened shell

All your sad
And lost apostles
Hum my name
And flare their nostrils
Choking on the bones
You toss to them
Well I'm not one
To sit and spin
'Cause living well's
The best revenge
Baby
I am calling you on that

You savour
Your dying breath
Well
I forgive
But I don't forget
You work it out
Let's hear
That argument again
Camera three
Go now

All your sad
And lost apostles
Hum my name
And flare
Their nostrils
Choking on the bones
You toss to them
Well I'm not one
To sit and spin
'Cause living well's
The best revenge
Baby
I am calling you on that
Baby
I am calling you on that
Baby
I am calling you on

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Problemas ao noticiar as pererecas


Devemos tomar cuidado ao utilizar palavras de significado dúbio.
Vou citar dois exemplos de manchetes que li naqueles jornais que ficam expostos na banca:
1) A perereca da vovó pegou fogo e incendiou a casa.
2) Piriguete com maconha na perereca foi parar no hospital.
Como a língua portuguesa é complexa e difícil. Vou tentar explicar as notícias. A primeira noticiava uma tragédia caseira, onde uma senhora com frio resolveu acender o fogareiro no banheiro e colocou fogo no pobre anfíbio. E a segunda notícia é auto-explicativa.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dando um tempo para o mundo

Demorei para escrever. Estava vivendo uma fase de ostracismo.
Fechada em minha concha, sem ter muitos olhares para o mundo urbano, eu só vivia minha matrix interna.
Não que essa fase tenha passado, mas eu senti saudades de escrever tudo isso.
Quero fazer esse blog diferente e não vou ser tão censuradora. Pretendo colocar minhas palavras sem pensar nas consequencias delas.
Palavras são só palavras o restante não me pertence.

sábado, 11 de julho de 2009

A vida em círculos

Quando era criança minha mãe ouvia todo dia no horário do almoço um programa do rádio que se chamava "Mamãe é quem manda no rádio". Esse programa só tocava músicas do Roberto Carlos. Até hoje ecoa em meus pensamentos a música de abertura do programa:"Mamãe, mamãe, mamãe, Tu és a razão dos meus dias..." Música: Mamãe do Agnaldo Timóteo.
Quando escutava isso sabia que meu tormento se iniciava. O coral estridente anulciava minha tortura diária. Minha mãe brigando para a gente comer (criança tem uma fase chata que odeia comer comida), a cinta pendurada no batente da porta esperando para entrar em ação e aquela comida esfriando no prato. Tudo isso ao som das músicas do Roberto Carlos.
Passei muitos anos sem ver minha mãe, mas eu peguei uma birra danada do Roberto Carlos. Adorava algumas músicas dele quando na voz dos outros interpretes, mas não na dele. Faz pouco tempo que a reencontrei e estou mantendo uma convivência harmonica com ela.
Fui criada pela minha avó materna. Hoje tá fazendo 7 dias que ela faleceu. Passei o dia todo ao lado de minha mãe e irmãs resolvendo a papelada do falecimento e assistindo a casa da minha avó ser revirada de alto a baixo. Armários e gavetas sendo escancaradas e revistadas. Foi um dia de cão. Para finalizar meu glorioso dia voltei para a casa de minha sogra. Sempre que estou na terrinha natal é na casa dela que me hospedo.
Adivinha o que minha sogra está assistindo na TV?
O ESPECIAL DO ROBERTO CARLOS!!!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Aceleração não Felicidade sim

TOCANDO EM FRENTE
Almir Sater
Composição: Almir Sater e Renato Teixeira

Ando devagar porque já tive pressa
Levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Eu nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Sinto que seguir a vida seja simplesmente
Conhecer a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder seguir,
É preciso a chuva para florir

Sinto que seguir a vida seja simplesmente
Conhecer a marcha e ir tocando em frente
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ritmo individual

Tenho observado diariamente uma corrida desenfreada. Ao soar dos despertadores as pessoas dão a largada...
Nesse momento, a corrida diária tem início. Cada um no seu próprio ritmo, mas todos obedecendo ao relógio. Dentro da cabeça ecoa a palavra de ordem "TENHO QUE... TENHO QUE CHEGAR, TENHO QUE IR, TENHO QUE FAZER, TENHO QUE..."
As pressões internas são enormes, mas o congestionamento dos carros é maior. Todos em fila e se movendo a velocidade mínima. Tudo parado... carros... pessoas nos pontos de onibus... Você sentado sem poder fazer nada...Enquanto os pensamentos estão em aceleração máxima, quase entrado em orbita.
Mas a velocidade é inegavel e a pressa coletiva é notória.
Tudo está sendo vivido em um ritmo doido e alucinado. Como se não existisse o amanhã.
As pessoas querem tudo e A G O R A A A A!!!
Tem aqueles que reagem bem as pressões ambientais e modulam sua velocidade. Outras não tem muito sucesso nessa área.
E só o que se vê é a correria associada a pressa, pressa e mais pressa.
Não importa o dia ou o horário, o que rege é o desespero de não chegar.
Para onde vai toda essa gente? Todos querem ir para o mesmo lugar ao mesmo tempo.
Parece que estão em fuga. Estão fugindo de que ou de quem?
Uma coisa eu sei, que com essa aceleração todo o encontro com seu próprio Deus.


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Feliz Natal, Filhos do céu !!!

Que grande desafio...
Viver nesse mundo sem ser do mundo!
Carregar o Divino em nós, ser de Deus, imagem e semelhança do Criador e continuar sendo humano. Como ser perfeito como Deus é perfeito?
Humano cheio de imperfeições, dúvidas, erros e aceitar que Deus nos ama dentro das nossas fraquezas.
Mesmo quando estamos distantes Dele, Ele nos deseja e nos espera...
Começa essa época de natal. A cidade de enche de luzes, fica maravilhosa. É aquela correria, a loucura de todos os anos. Muitos presentes, festas, brilhos e mais brilhos.
Mas é o dono do aniversário? E Jesus Cristo? O pessoal as vezes se lembra dele... Vai a algum evento religioso (missa, culto, oração...). Fala-se em caridade, em espírito natalino, em imitação de Cristo... Mas só vejo hipocrisia.
Muito é falado, mas pouco é feito. Alguns levam um brinquedo para uma criança ou uma cesta básica para uma família. Outros só pensam nas baladas de fim de ano.
Não estou enfiando o dedo na ferida alheia, sem expor as minhas próprias.
Só estou trazendo a tona minhas inquietações de fim de ano. Pois todo ano o natal me atormenta a mente. Penso no significado desse circo todo.
Nós, os "cristãos", os que celebramos o natal, temos orgulho em sermos imitadores de Cristo. Jesus andava com todo tipo de gente, comia junto com os mais pobres, sujos, doentes, leprosos...
Será que temos a coragem de pelo menos sentar ao lado de um desses andarilhos e ver a necessidade dele? Será que vamos visitar os idosos de nossa própria família? Será que damos a devida atenção as pessoas que estão do nosso lado?
Ou simplesmente aceleramos o nosso carro e com um fone de ouvido e muita música aceleramos nossas vidas???

Pai misericordioso e amoroso, tende piedade de nós!!!

Cada um no seu quadrado

Cada um -  no - seu quadrado,
Cada um no seu quadrado,
Cada um - no - seu quadrado,
Cada um no seu quadrado,
Cada um - no - seu quadrado,
Cada um no seu quadrado,
Cada um - no - seu quadrado,
Cada um no seu quadrado

Vou completar a letra com mais quadrados

Cada um - em seu apartamento,
Cada um no seu quadrado,
Cada um - preso na sua mesmice,
Cada um no seu quadrado,
Cada um - com seus problemas,
Cada um no seu quadrado,
Cada um - no seu caixão enterrado,
Cada um no seu quadrado

Pomba atropelada

Vi a pombinha ser atropelada. Foi uma das piores cenas que já presenciei em toda minha vida. Nunca fui dada a assistir tragédias, mas dessa vez aconteceu na minha frente. Fiquei chocada com o fato. Questionei como pode um animal que foi presenteado com asas, morrer no solo. Porque não estava voando? Porque não estava em algum galho, no alto das árvores? Essa pequenina praga urbana está cada vez mais ambulante. As bichinhas estão tão confiadas que passam caminhando aos pulinhos, com suas asinhas fechadas, por meio dos carros e pessoas. Porque?
Fiquei pensando nisso e só uma idéia me veio a mente: busca de alimentação.
As pombas para conseguir sobreviveram preferem passar pelo sofrimento da caminhada forçada a voar. Talvés a busca do alimento nas alturas esteja mais escassa ou talvés mais competitiva. Vai sabe...
E nós? quantas vezes, abrimos mão das nossas asas? Ficamos andando aos pulinhos, em uma marcha dolorida, forçada e muitas vez até ridícula? Não nos arriscamos a voar mais alto, buscar novos nichos de sobrevivencia, busca a vida nas alturas, porque a "comida" está mais farta no chão?
A escolha leva a assumir riscos.
A dúvida existente paira entre voar e arriscar o insucesso ou ficar e ser atropelado pela mediocridade.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Careca disfarçada?

Eu estava vendo o debate político e comecei a observar como as carecas dos candidatos ficam brilhantes na TV. Acredito que eles devam fazer uma bela maquilagem nas carequinhas, mas não tem jeito...Sem querer, com o suor a "lâmpada acende" e brilha que é uma beleza ;)
O pior de tudo é a tentativa de disfarçar a careca, usando os penteados mais malucos do mundo. O camarada puxa uma mecha sobrevivente e tenta em vão cobrir a "lustrosa".
Outro dia em uma reunião muito chata, me dediquei ao estudo do penteado do chefe. É nessas horas que eu entende como ele chegou onde está. O cara é bom mesmo. Não é qualquer um que tem um topo daqueles, coisa de respeito. Vou explicar: quase todos os cabelos foram embora, restou uma faixa rala e incompleta ao redor do crânio privilegiado. Até aí tudo bem, há outros carequinhas semelhantes. Mas ele tem as manhas. Acredito que começou dividindo os cabelos da faixa ao meio. Não tive o prazer de conhece-lo nessa época. Imagina que coisa bonitinha: uma faixa de cabelo meio penteada e meio arrepiada...Hoje o que se vê é a parte superior da faixa de cabelos sendo puxada para cima. Esses cabelinhos foram crescendo e forçados pela ação de algum gel megapower, ficam grudados na cabeça. É um espetáculo que não se vê sempre. Resultado de dedicação!!!
Tem tembém umas mechinhas adestradas que atravessam de um lado para outro. Essas coitadas ficam com a responsabilidade de cobrir o privilegiado topo.
Fico pensando que manobrar as mechas tem o seu valor. Chega a ser um ato de coragem. Valoriza o cabelo sobrevivente.
Agora tem uma coisa que é uma falta de respeito com os outros: usar peruca. Pior ainda é usar meia peruca. Mas ela tem uma vantagem. É um antidoto contra a rotina. Como nunca fica no mesmo lugar, é uma boa opção para variar o penteado...Automaticamente mudado.
A peruca ou protese capilar só engana a pessoa que tá usando. Afinal, pagou por ela...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O baile acabou e a casa não existe mais.

Careless Whisper

Composição: George Michael / Andrew Ridgeley

Time can never mend the careless whispers of a good friend
To the heart and mind, ignorance is kind
there's no comfort in the truth
pain is all you'll find

Should've known better

I feel so unsure
as I take your hand and lead you to the dance floor
as the music dies, something in your eyes
calls to mind the silver screen
and all its sad good-byes

I'm never gonna dance again
guilty feet have got no rhythm
though it's easy to pretend
I know you're not a fool

Should've known better than to cheat a friend
and waste the chance that I've been given
so I'm never gonna dance again
the way I danced with you

Time can never mend
the careless whispers of a good friend
to the heart and mind
ignorance is kind
there's no comfort in the truth
pain is all you'll find

I'm never gonna dance again
guilty feet have got no rhythm
though it's easy to pretend
I know you're not a fool

Should've known better than to cheat a friend
and waste this chance that I've been given
so I'm never gonna dance again
the way I danced with you

Never without your love

Tonight the music seems so loud
I wish that we could lose this crowd
Maybe it's better this way
We'd hurt each other with the things we'd want to say

We could have been so good together
We could have lived this dance forever
But noone's gonna dance with me
Please stay

And I'm never gonna dance again
guilty feet have got no rhythm
though it's easy to pretend
I know you're not a fool

Should've known better than to cheat a friend
and waste the chance that I've been given
so I'm never gonna dance again
the way I danced with you

(Now that you're gone) Now that you're gone
(Now that you're gone) What I did's so wrong
that you had to leave me alone

Cavalo selado só passa 1 vez?

Hoje fiquei pensando nessa frase. A primeira vez que ouvi essa expressão foi durante uma conversa com uma pessoa muito querida. Ele com seu jeito meio "botinudo", me passou verdadeiras lições. Numa ocasião quando me falava sobre a coragem, dizia que era preciso encarar os desafios de frente. Perder o medo. Falava que o "não" eu já tinha e que cavalo selado só passa uma vez. Que a gente tem de pular em cima e "pegar mordendo".
Eu custei a entender o sentido desse "pegar mordendo". Muitas vezes a gente deseja muito algo, mas não "pega mordendo" para conseguir. Não confia que seja possível. Nós somos nosso maior inimigo. Somos nosso maior desafio. Quando conseguimos vencemos esse "não" dentro de nós, tudo é possível. A falta de confiança própria, faz com que a gente não se sinta merecedor da vitória. E dessa maneira não se dedica o suficiente. Não "pega mordendo". Não pula no cavalo e se agarra a ele com unhas e dentes. Daí o cavalo selado (a oportunidade) passa, bem diante dos nossos olhos e vai embora.
Eu estava no supermercado e quando começou a tocar uma música da época da minha adolescente. "Careless Whisper" do George Michael. Aquela música trouxe lembranças muito boas. É impressionante, basta algo: um som, música, cheiro, lugar ou um acontecimento para sermos transportado para dentro de nossas lembranças.
Entre as prateleiras e carrinhos, comecei a pensar em minha vida. Pensei nas escolhas que fiz e onde elas me levaram. Pensei naquela adolescente dançando "Careless Whisper" e a pessoa que me transformei hoje.
A vida é feita de escolhas (isso não é novidade para ninguém!!!). Claro que nunca saberei como teria sido minha vida se tivesse feito escolher diferentes das que fiz.
Há sempre uma dicotomia. Escolhas e opções ramificadas, que vão se bifurcando cada vez mais e mais.
No meio desse turbilhão de pensamentos me veio a frase "cavalo selado passa só 1 vez". Comecei a questionar essa afirmação e agradeci a Deus pois Ele tem me mandado vários cavalos selados. O problema é que nem sempre tenho a sabedoria para pular na hora certa. Fico relutando e durante essa dúvida, o cavalo vai embora. Mas talvés aquele nem fosse o cavalo certo né? Talvés aquela escolha não me faria mais feliz... Vai saber.
É engraçado como a vida da gente vai tomando rumos inesperados. Sei que quem determina a direção são as escolhas efetuadas, mas acredito que haja um imponderado na vida de cada um de nós. Há situações que vão se desenrolado na frente de nossos olhos e acabamos sendo um simples protagonista em nossa própria história.

domingo, 17 de agosto de 2008

Cabelo, cabeleira, descabelado

Esta semana fiquei muito intrigado com um comentário que escutei no serviço. "Xiiiiiii, hoje a chefia tá nervosa. Sei só de olhar para o cabelo dela." O pior que era verdade. Toda vez que ela não está em seus melhores dias, o cabelo fica um horror...
Os cabelos falam muito sobre uma pessoa. Algumas pessoas falam literalmente através dos cabelos. Raspam a cabeça formando palavras ou desenhos. Outras pintam os cabelos de cores diferentes ou se utilizam de cortes extravagantes. Ao longo dos anos, os cortes de cabelo fizeram parte da identidade de cada época. Os roqueiros são um bom exemplo disso. Quem não se lembra dos cabelos utilizados nos anos 80? Lembra das jubas doidas que o KISS usava? Nessa época, eu era adolescente. Tenho cada foto dessa época. Todas são impublicável. Tem uma que era tipo Chitãozinho e Xororó, nas antigas. Topete arrepiado e um rabinho desfiado. Coisa de louco!!!
Tanto o cabelo quanto os pêlos são basicamente constituído de proteína. E nós nos importamos tanto com uma simples proteína em forma de fio. Quantas horas são gastas com os cuidados dos cabelos... E quanto sofrimento é não ter cabelo.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Produzindo Ecos

Quando criança gostava de brincar que era um agente secreto invisível. Andava pela rua, escondendo me atrás das árvores e passando furtivamente pelos obstáculos do caminho. Acreditando que era realmente invisível. Hoje acho graça dessas coisas...
Mas quem nunca sonhou com a invisibilidade? Em um mundo globalizado, onde todos querem ver e serem vistos, eu duvido que você nunca desejou ser invisível. Imagine as vantagens.
Naquele momento de gafe, quando só o som das gargalhadas apontam para você e seu rosto queima de vergonha. Você some e reaparece quando o assunto mudou. O foco da conversa é outro e já esqueceram do fora que foi dado. Também isso pode ser usado quando se chega em um lugar com a roupa inadequada. Ou ainda quando por acidente, em um local público, derrubou algo na roupa. A pessoa desaparece e só reaparece linda novamente. É claro que esse recurso funcionaria muito bem com utilizado junto ao teletransporte, é claro! Isso é ótimo para os dias que você quer sumir da frente do chefe ou se deseja trabalhar em paz sem ser incomodado.
As saídas à francesa utilizam sempre esse recurso para serem estratégicas. Algumas vezes elas falham e a pessoa se torna sutil feito um hipopótamo de rosa. Já aconteceu comigo, são falhas no sistema da invisibilidade. Contarei em outra oportunidade.
Há pessoas que usam esse recurso, vivem suas vidas como se fossem invisíveis e ignoram as outras pessoas. Não importando se suas presenças estão ou não produzindo ecos. Na verdade, ninguém passa pela vida invisível. Nós produzimos modificações no mundo e nas outras pessoas (nosso microcosmos), seja pelo nosso comportamento, pelas nossas palavras ou até pelos pensamentos. A simples presença, por mais sublime que ela seja, produz ECOS.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Folgado disfarçado

Sem querer, acabo por escutar conversas alheias. É... eu sei que isso é falta de educação, mas o eco das palavras acaba sempre ecoando através dos ouvidos para o cérebro. Isso pode até passar desapercebido pelas outras pessoas, mas ninguém sai ileso de uma experiência como essa.

Outro dia estava fazendo uma caminhada e escutei uma briga entre um casal, que retornava da praia. A mulher falava sem parar. O homem que caminhava ao seu lado, era uma figura que se disfarçava muito bem naquele ambiente: bermudão sem cor definida, chinelos de dedo e barrigão a mostra. Mas seus olhos estavam caídos, a lamber a calçada... eu só consegui escutar quando a mulher falou cheia de raiva: "Você é um folgado disfarçado..."
Fiquei pensando, o que seria um folgado disfarçado??? O que aquele homem aprontou?
Alguém consegue disfarçar uma folga? Há necessidade nisso? Meu Deus! A praia não é um ótimo lugar pra se dedicar ao ócio?